HOMENAGEM À FOZ DO IGUAÇU E SEU POVO.


10062019 0500 Notas 105 anos de Foz do Iguaçu

HOMENAGEM À FOZ DO IGUAÇU E SEU POVO.

Hoje é o dia do aniversário da cidade, 105 anos de existência. Fundada em 1914, início da primeira grande guerra. E fundada como área militar, então, área de segurança nacional, que prevaleceria até 1980, quatro anos depois do início da construção da Usina hidrelétrica de Itaipu (Pedra que Ronca/1976). Creio que os primeiros moradores não pensassem que as 7 quedas pudessem se tornar um polo de turismo algumas décadas depois e precisamente quando "As Sete Quedas", passariam a ser um registro histórico.
Foi precisamente sobre espaços bem definidos que no futuro se marcaria a divisão de territórios por duas pontes ligando dois países Argentina e Paraguai. Espaços não muito mais que um quilômetro de largura, mas centenas de quilômetros de comprimento para as cidades de fronteira. E um desses espaços entre a ponte, é que se construiria uma usina hidrelétrica para selar um acordo entre dois países e respectivamente suas cidades. O espaço da ponte entre o Brasil e Argentina continua virgem, assim como, exceto pela Usina, o espaço da ponte entre Brasil e Paraguai, existe uma linha invisível de divisão do rio Paraná, e quando ela é ultrapassada, com certa frequência em determinadas épocas de agitação econômica, acontecem acidentes que nunca são devidamente esclarecidos. Nem devem, caso em que se tornaria uma questão de diplomacia internacional. O que não impede que o Paraguai tenha algumas barcaças de transporte, um pouco fora do alcance de visão do grande público.
Comecei a escrever isso logo cedo, porque me dei conta que exatamente no dia do aniversário da cidade, tinha pronto meu segundo livro/revista ou Rev'li, a que dei o título de "Jornal do Comércio Foz 2", que busca um melhor entendimento, sobre os modos de ganhar a vida, na situação que vivemos nesses dias. Digo, como a sociedade comercial, pode estar entendendo os movimentos econômicos, frente à predominância do caráter estatal e político e um total desleixo à questão econômica privada. Considerando que sejam dias difíceis de um desgoverno perdulário em uma cidade superpovoada a partir da construção da Usina e também, com enorme predominância de um abstracionismo político nacional, naquilo que se refere a vida concreta, dessas pessoas na cidade e, em todas as cidades que são quase 6 mil delas. Talvez, aqui no nosso caso, considerem que com a construção, <<maior>>, a construção da Usina, todo o trabalho principal já tenha sido feito e de fato, o foi, para o País em termos de energia elétrica e isso é inquestionável. E isso também trouxe um maior capital de circulação que se somou, a outro, com o chamado “mercado do Estado comunista chinês”, lotado no Paraguai e tantos outros eventos econômicos como a madeira, o café, e máquinas agrícolas que tiveram seu auge, e nunca nenhum deles frutificou. E não frutificou precisamente pelo seu caráter de “rapina”. Um caráter de uso, aproveitamento de passagem – por aqui e, por ali! E isso, fica demarcado no mundo político, da passada política de esquerda, como “Integração”. Que persiste! Uma <<integração política>>, com fins determinados e fora da realidade da vida das pessoas que compõe a maioria da cidade e que não estão sob o “guarda-chuvas” deste Estado, de então.
Como brasileiro, com 30 anos no estado de S. Paulo, em São Paulo (20 anos), Guarulhos e Amparo (2 anos) e depois 34 anos no estado do Paraná em Foz do Iguaçu, sinto-me destinado a essa cidade que cheguei pela porta da frente, com serviço, desde parentes em Curitiba e depois, um negócio próprio, que durou por oito anos, e que sobreviveu à inflação, mas não ultrapassou ao governo de FHC e a quebra dos bancos e de quebra, uma alergia crônica ao produto químico com que trabalhava (peças elétricas e resina). Algo além de minhas forças, destino.
Assim sendo, excetuando os nativos como meu querido amigo Emílio que é muito conhecido no Paraguai (Mercado de Abasto) como “El Morot’io”, que trabalhamos juntos, ele e sua família, seu sobrinho, seu filho que em breve se tornaria pastor, excetuando essa gente “doce” e trabalhadora e a legítima herdeira da cidade, e que a cidade política desconhece à propósito, pois que não entram na “cota” dos fundadores que vieram de fora, então, me considero um iguaçuense e como pagador de impostos, jornalista e escritor, fora do meu ambiente de trabalho e em vias de aposentar e com farta vivência histórica/política, desde, então, a capital política/econômica do País, me sinto na obrigação de tecer alguns comentários, cuja relevância, está além, daquilo que circula no ambiente de comunicação de massas, por isso a criação do Jornal do Comércio Foz, como um humilde presente ao coração da cidade, que pulsa com dificuldade.

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